Na sessão em que comemorou seus 10 anos de existência, a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça julgou nesta quarta-feira (24) processos de perseguidos políticos ligados à mesma organização em que a presidente Dilma Rousseff começou sua militância contra a ditadura militar.
Os conselheiros da comissão apreciaram 17 pedidos de pessoas ligadas à Polop (Organização Revolucionária Marxista Política Operária), da qual Dilma participou em Minas Gerais.
Todos os ex-integrantes foram anistiados pela comissão e receberam algum tipo de indenização.
A escolha da Polop para a comemoração não teve qualquer influência de Dilma, disseram a comissão e ex-membros da organização, e foi motivada pelo 50º aniversário de criação da Polop.
A cerimônia de abertura da sessão serviu como plataforma para novas defesas da Comissão da Verdade, cujo projeto de lei espera para ser votado na Câmara.
A comissão fará a narrativa oficial das violações aos direitos humanos ocorridos entre 1946 e 1988, como as mortes e torturas cometidas por agentes estatais durante o regime militar (1964-1985).
O ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) disse que as negociações para criar um acordo com os partidos de oposição e as Forças Armadas estão adiantadas e a votação ocorrerá "em breve".
Cardozo herdou de Nelson Jobim, ex-ministro da Defesa que se demitiu no início do mês, a responsabilidade de conversar com a oposição.
Tanto militares quanto opositores do governo exigem a manutenção do atual projeto --que não prevê punições pelas violações.
ANISTIA
A Comissão da Anistia julgou mais de 59 mil processos. Desses, cerca de 20% levaram a alguma reparação econômica para aqueles que sofreram perseguição política na ditadura.
As indenizações podem ser pagas de uma vez só, com o limite de R$ 100 mil, ou em prestações mensais continuadas.Folha
O FILÓSOFO
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