Arno Augustin |
O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, descartou nesta sexta-feira (26) a possibilidade de o governo conceder uma "nova rodada" de reajuste para as categorias de servidores públicos.
Em 2008, o governo concordou em reorganizar as carreiras e conceder aumentos para os servidores públicos. Algunas categorias tiveram aumentos imediatos naquele momento, enquanto outras tiveram seus reajustes escalonados em três anos, entre 2008 e 2010, englobando cerca de 1,8 milhão de servidores. Os percentuais de reajuste variaram de 10% a mais de 100%.
"A nossa politica para o funcionalismo, a gente vem colocando há bastante tempo. Fizemos uma série de restruturações, que fizeram com o que o funcionalismo esteja em linha com o equilíbrio de diferentes carreiras. O que nos permite não projetar restruturações de maior vulto. Feito isso [uma vez], não precisa fazer de novo. Não estamos prevendo grandes reajustes no próximo ano e, para este ano, também não está previsto nada. As vezes tem algumas carreiras menores, de algum impacto financeiro, que podem ter [aumento]. Mas não haverá uma nova rodada [de aumentos]. Não estamos trabalhando", disse o secretário do Tesouro Nacional nesta sexta-feira.
O controle dos gastos faz parte da estratégia do governo federal para possibilitar, no futuro, uma queda da taxa básica de juros da economia, a Selic, definida pelo Banco Central. Em 12,50% ao ano, ou em 6,8% em termos reais (após o abatimento da expectativa de inflação para os próximos 12 meses), os juros brasileiros são os mais altos do mundo, o que atrai recursos para a economia brasileira e pressiona para baixo a cotação do dólar - prejudicando as exportações brasileiras.
Recentemente, no Congresso Nacional, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, citou a PEC 300 , que cria piso salarial para policiais civis, militares e bombeiros, ao pedir a colaboração dos congressistas para evitar novos gastos públicos. O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, também tem pedido o controle de gastos públicos. Segundo ele, em um momento de deterioração das contas públicas de vários países, por conta dos efeitos da crise financeira internacional, este é um "diferencial" da economia brasileira.
O FILÓSOFO
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