Ex-primeira-ministra ucraniana é presa por abuso de poder. Yulia Timoshenko foi algemada por policiais assim que deixou o tribunal em Kiev.
Um tribunal que julga a ex-primeira ministra ucraniana Yulia Timoshenko por abuso de poder ordenou nesta sexta-feira a sua prisão preventiva, durante uma audiência do processo na capital Kiev.
O presidente do tribunal, Rodion Kireev, respondeu assim a um pedido da promotoria, que já havia solicitado a prisão de Timoshenko.
Depois da decisão, a líder opositora pediu para não ser algemada na sala de audiências. Os policiais colocaram as algemas somente depois que a retiraram do local.
Partidários de Timoshenko presentes no tribunal reagiram com gritos de “Vergonha”.
Pouco depois da detenção, o primeiro-ministro ucraniano, Mykola Azarov, testemunhou contra Timoshenko durante uma audiência que não havia sido anunciada previamente.
Timoshenko é acusada de abuso de poder quando era chefe de governo, em 2009, por ter autorizado, sem a aprovação governamental, a assinatura de contratos sobre a importação de gás russo a um preço muito elevado e, portanto, desfavorável para a Ucrânia.
O presidente do Parlamento europeu, Jerzy Buzek, condenou a decisão “por motivos políticos” do tribunal ucraniano e pediu que a Ucrânia “defendesse os princípios e valores comuns que definem nossa relação”, referindo-se ao tratado em matéria comercial, cultural e de ajudas entre os Estados da União Européia e as antigas repúblicas soviéticas.
Em um comunicado, a chefe da diplomacia da UE, Catherine Ashton, denunciou que este caso “é um motivo de preocupação sobre o estado da Justiça na Ucrânia”.
O FILÓSOFO
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